É cedo, tão cedo, demasiado cedo.
O despertador – psicopata raivoso que não se compadece nem com o facto dos pássaros não cantarem ainda - berra-lhe aos ouvidos a estridente e desafinada sinfonia matinal.
Hoje vou faltar a tudo, decide ele. Vou dizer que não estou ou que estou doente com malária. Melhor, direi que fui vítima de um grande desastre e que morri brutalmente. Se a morte não fosse tão estúpida até que morria hoje mesmo. Tenho em mim toda a saudade e o cansaço do mundo.
Levanta-se e vai. Mas o seu coração permanece de janelas fechadas e sem luz interior.
Mas nós vamos abri-las, ó se vamos!
ResponderEliminarDeram-me uma vida que não é fácil viver e deixaram-me sózinho a fazer este caminho.
ResponderEliminarDeixei o meu amor e perdi os meus sonhos ao fazer este caminho.
As pequenas coisas que me dizes, quando as palavras significam tanto, nunca te vais abaixo enquanto todos os outros fogem.
E o que quero durante estas noites sem dormir?
E o que tenho de segurar, quando não te tenho para me abraçar?
A única coisa que me segura, é o que eu sinto e eu sinto-te a ti.
Acende a luz e vive um dia de cada vez. Pensa que estiveste comigo e que me sentiste na tinta das palavras que te dedico. Lembra-te que a vida que tens foi escolhida pelos dois. E, olha, os sonhos não se perdem e não é possível a sua concretização em diversos momentos, guardam-se numa caixa bonita. Não se estragam, apenas permanecem adormecidos à espera da momento certo. Já falta pouco para abrires a tua caixa.
ResponderEliminarE anima-te caro anónimo. Tu um anónimo tão simpático e com sentido de humor andas sorumbático como tudo. Não gosto de te ver assim.
ResponderEliminarConheço esse acordar:
ResponderEliminar"Ainda lá no mundo dos sonhos, meia a dormir, meia acordar, sem consciência da que lingua falo, acordo com pensamentos que não consigo contornar. Porque por certo passei a noite toda com eles...
Estou só na cama. Falta-me o hábito. Um ano... um ano. Meio ano de agonia, de dor. Se calhar toda uma relação de mentiras, de hipocrisica, de gestos teatrais, de coisas que eu pensava merecer, de outras que nunca imaginei, de outras que nunca me conformei, de planos, de sonhos, de vida, de crenças, de ilusão...
Porquê? Porque me fez isto? Porquê? Para quê?
Há quem acorde de manhã e tome o pequeno-almoço... Eu acordo, choro, vomito, tenho diarreias e sinto-me profundamente só e injustiçada.... "
retirado do diário secreto da Valquiíria
Ah mulher, "ganda" comentadora me saiste. Volta sempre. Tens a porta (iannua) aberta para ti.
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