domingo, 27 de setembro de 2009

Marco Paulo, muito à frente

A minha amiga RED NAILS foi assistir aos "monólogos das paxaxas" ou coisa que o valha.

Aqui a Red Shoes, mulher de feira mas de respeito, não anda nessas andanças. Era o que me faltava andar a cuscar as privacidades das miúdas!

Mas não pensem que não sou dada à cultura, sou sim senhora. Este fim de semana até descobri que o Marco Paulo foi o inventor do Tektonic. Se não acreditam, vejam o video e digam-me se falo verdade ou não. A sério, merece a pena o tempo dispendido porque é verdadeiramente hilariante.

Não há freguês que não saia satisfeito

Se repararam nos comentários do post anterior, viram que o vizinho CarapauCarapau - moço desportista e que gosta de andar na crista da onda e da moda - anda atrás dum chanato, singelo, leve, ligeiro, que lhe dê um bom andar (ou nadar, sei lá).

Fregueses, a minha banca é como a farmácia, nela não falta nada e o cliente, desde que pague, tem sempre razão e os seus desejos são, para mim, ordens. Por isso, freguês carapau a dobrar, aqui os tem, acabadinhos de chegar do Havai. Para que o seu contentamento seja total refiro que desta vez deixei as andorinhas sossegadas.

PS. Não se esqueça de pagar!! (amigos amigos, negócios à parte)


 
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sábado, 26 de setembro de 2009

A mãe da noiva

A Lurdinhas, vizinha de feira há muitas tendas, hoje, entre um pregão e outro, contou-me as trabalheiras em que anda metida. Eu bem que a notava desabrida, afogueada e com umas olheiras que lhe chegavam às orelhas. Não é que a Lurdinhas tem uma filha casadoira e anda num vai-e-vem que nenhum santo aguentaria por mais de cinco minutos e olhem que se eles são santos é por alguma coisa. Ele é o vestido da filha que ora está largo ou apertado, ele é o penteado que custa a escolher, ele é os brincos que não condizem condignamente com o vestido da noiva ou com o penteado escolhido, ele é os convidados que não se decidem a vir ou não, ele é o padre que foi despedido (moço moderno que, entre missas e confissões, se dedicava a fazer corridas num carro desportivo, facto que desagradou ao bispo), ele é, ele é, ele é, ele é….
Como se não bastasse, a Lurdinhas, que tem uns pés que não se acomodariam nem nos sapatos das manas da Cinderela, anda esbaforida há semanas procurando um sapato especial que condiga com o seu especialíssimo e digníssimo vestido de mãe da noiva.
- Ó Lurdinhas, disse eu. Atão e não te lembraste de mim? Aqui há de tudo, mulher. Onde é que pensas que a Leticia Ortiz encomenda os sapatinhos? Ai Lurdinhas, pensas tu que santos da casa não fazem milagres mas fazem.
Disse-me, então, que precisava de uns sapatos finos, de salto alto, que não lhe apertassem os calos nem os joanetes e que fossem verdes para condizer com a pochete que tinha já comprado.
- Então e isso é lá problema, respondi eu. Tenho aqui uns que te vão ficar a matar e não terás problemas com os calos. São umas luvinhas e cabem em qualquer pé.
Lá os desencantei e foi-se embora a Lurdinhas com um sorriso de orelha a orelha, ruminando agradecimentos.

Como não prometi exclusividade e como a publicidade é a alma do negócio, aqui deixo a foto. São carotes, mas merecem bem o dinheiro por tamanho conforto.


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segunda-feira, 21 de setembro de 2009


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Já disse que este é um blogue vagabundo que anda sem rumo e sem qualquer plano ou GPS. Já disse que não gostava de correntes, correntinhas ou correntezas mas a verdade é que gosto da VIZINHA. Só por isso, aqui vai:

1- Quem é que, no presente, eu gosto mais de abraçar?

Mudo o "quem" por "que" e respondo que gosto de abraçar a vida. A ela abraço-a todos os dias e me gusta.

 
2- Quem é que nunca abraçaria?

Os políticos que passam lá pela minha feira a cuspir promessas.


3- A quem, dava tudo, para poder abraçar?

Aos que já se foram e não voltam.


4- A quem daria o meu melhor abraço?

A uma amiga que perdeu recentemente um filho.


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10 CARTÕES VERMELHOS

Podem ser mais?

Aos desonestos, hipócritas, mentirosos, fingidos, convencidos (estão todos no governo e são mais de dez, não?) Ah, esquecia-me: cartão vermelho para todos os que remexem e desarrumam a banca e não me compram os sapatos.

10 CARTÕES DE FELICITAÇÕES (este acrescento é meu)

Dez não chegam. Encomendarei mais e distribuirei ao domicílio, lol. Deixo cartões para todas as amigas e amigos, colegas de feira, que ao longo da vida, foram apregoando comigo.
Hoje, por exemplo, teria distribuído mais de 100. A esses, que nem sabem que este blogue existe, obrigada pela gentileza, pela simpatia e pela preocupação com o bem estar e integração dos outros. Bem haja!


sábado, 19 de setembro de 2009

El flamenco, la pura sensualidad

El flamenco me mueve las fibras íntimas por sus contenidos poderosos: su belleza, su alma, su emotividad y su fuerza sensual. En él, increíblemente, se mezclan la tristeza y la alegría, la soledad y la añoranza con la seducción y la pasión.

El arte flamenco es el resultado de una suma de culturas musicales que han tenido por solar propio las tierras andaluzas. Es, por ello, un baile de patrimonio tan impuro como bello donde se entremezclan las huellas ancestrales de la música judía, árabe, castellana, antigua andaluza y gitana.

Os dejo una pequeña muestra a ver si compartís mi gusto. (los zapatos ya los tengo, lol).

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Discurso de Obama aquando da abertura do ano lectivo

 
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Sou uma ladra! "Roubei" este texto de dois sítios: do blog Mwangolé Azul e do Obama, claro está. E roubei-o pela simples razão de que gostei dele. Gostei que alguém dissesse aos alunos que a responsabilidade do seu sucesso lhes cabia. Não há escolas, nem pais, nem professores que consigam motivar e ajudar quem não quer ser motivado nem ajudado. Gostei também que não se falasse em estatísticas nem em Magalhães. Gostei das palavras simples que usou e tenho a certeza de quem o ouviu ficou a pensar nas suas palavras. Só não gostei de uma coisa, não gostei de nunca ter ouvido este discurso da boca dos nossos governantes.

Por ser um discurso demasiado longo para um blog, pensei em suprimir algumas partes. Mas mudei de opinião. Deixo-o intacto porque considero que merece a pena ser lido na íntegra.

"Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.

Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.

A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro...".

Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.

Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.

No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.

E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.

Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.

Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.

No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.

E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.

Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.

Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.

Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.

Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.

Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.

Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.

A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.

E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.

Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.

E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.

A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.

É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.

Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.

No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."

Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.

Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.

Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.

E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.

A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.

É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.

Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?

As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes."

Desvendar do véu

 
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Noite após noite, mil e setecentas pessoas não conseguem pregar olho imaginando quem será e como será a tal vendedora de sapatos que resolveu trocar o tal caderninho de capa preta, onde antes escrevinhava a contabilidade das suas vendas, por um blogue. Blogue esse, novíssimo mas já conhecido além fronteiras e além continentes, obviamente devido à extraordinária qualidade da sua escrita, sendo que até a Oprah Winfrey já agendou, lá para Novembro, mais coisa menos coisa, uma entrevista à tão dotada feirante.

Sendo assim, depois de ponderar os riscos e os desriscos de se tornar uma figura pública e de, inclusive, ter consultado um advogado famoso da praça (leia-se feira) através de uma cunha de uma amiga, decidiu, por fim, desvendar a sua pessoa que, até ao momento, esteve escondida por detrás de uns flamenco red shoes.

Para esses, aqueles que lhe enchem a caixa do correio a pedir-lhe (de joelhos) que se revele, a feirante adianta que colocou, no fim do blogue, um vídeo de um filme feito há dois anos, numa visitinha que fez lá pelas Índias e onde participou como figurante. A famosa vendedora de sapatos é a que está vestida de RED, cor de que sempre gostou.

Foto: daqui

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Será????

 
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E não é que ontem vi no programa da Oprah que as pessoas que sofrem de depressão têm os pensamentos mais claros e reacções mais rápidas.

Ora eu, vendedora profissional de sapatos, que ando, neste momento, ocupadíssima na planificação das vendas e na escolha de novas colecções, pensei logo que queria uma depressão dessas americanas. Suspeito que as europeias não são iguais, serão?? Digam-me vossemecês que são gente que andaram nas universidades.

domingo, 13 de setembro de 2009

Dá-se estante

Recebi hoje um email de uma amiga que se quere desfazer de uma estante que tem em casa. Como sabia que eu tinha muitos livros, achou que provavelmente me faria jeito.

Tive pena, porque a estante até é gira e tem bastante arrumação, mas na minha casa já não há espaço disponível.

Deixo aqui a fotografia, caso alguém esteja interessado.

Contactar: M&M







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sábado, 12 de setembro de 2009

Acta número um

 
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À hora prevista do dia exacto na sala perfeita, reuniu este grupo de trabalho sob a presidência da Dra. Gripá Agaumeneum, estando presentes todos os que não faltaram.
A ordem de trabalhos foi a seguinte:
Ponto único – Pandemónio de gripe.
A Presidente deu início à reunião explicando, detalhadamente, os procedimentos a seguir em caso de um eventual pandemónio. Além da aturada lavagem do corpo, que considerou medida higiénica e altamente eficaz, pois há muito que verifica que algumas pessoas têm um odor muito próprio, aconselhou, também, a própria lavagem do dinheiro - até ficar muito branquinho - por ser um material altamente sujeito a viroses e conspurcações e que anda sem rumo e se esconde em lugares muito incomuns.
A fim de resolver esta problemática questão, o grupo de trabalho sugeriu a criação de uma cadeia de lavandarias, as Sanitary Cleaning Shops. Depois de persistente discussão, ficou deliberado que os métodos usados seriam a divisão do processo de desinfecção do dinheiro em três fases: colocação, ocultação e integração. No processo de colocação coloca-se o dinheiro debaixo de um pulverizador com uma substância alcoólica. Depois, porque se corre o risco de ainda estar infectado, vai-se introduzindo lentamente no mercado, através de depósitos ou pequenas compras, a fim de despistar a gripe e não contagiar muita gente. Na última fase, o dinheiro, completamente desinfectado e limpo de viroses é introduzido no mercado.
Não obstante, se todo este processo não resultar, poder-se-á, então, optar por um plano mais agressivo. Neste caso o dinheiro ficará em quarentena num hospital (leia-se paraíso) fiscal o mais longe possível.
E nada mais havendo a tratar, foi lida e aprovada a presente acta, dando-se como terminada a reunião.

A secretária

A última aldeia

 
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Ao fim da tarde, quando o sol deixa de queimar a terra estéril, Valéria, pontualmente, senta-se no poial da sua porta e remexe nos tempos passados. Amara um homem que não teve e teve um homem que não quis. A esse, que acabou por ser o seu e a quem depois amou, ainda que sem o fogo da paixão, nunca lhe ouvira, nem nas noites mais quentes, pronunciar o nome. Fora, para ele, sempre a “rapariga”.

O pensamento foge-lhe para os tempos de moça. Sonhara tanto e concretizara tão pouco.

Nascera numa família numerosa, numa aldeia que jogava às escondidas no mapa. Do mundo pouco vira e do que vira não lhe recordava já o nome (nunca soubera juntar as letras e tinha os nomes das terras baralhados na memória) mas essa vontade de correr mundo, colara-se-lhe no corpo desde cedo e perseguira-a a vida inteira.

Já casada, tentou deixar-se de devaneios de moça ligeira e livrar-se dela. Misturou-a com a roupa suja e esfregou-a com afinco como se de uma nódoa se tratasse. Em vão. O mais que conseguiu foi fechar a vontade à chave numa caixa de bolos bonita.

Recorda agora os tempos em que o sino da igreja sabia as horas de cor e as anunciava sempre assíduo. As ruínas das casas não eram ruínas mas casas com janelas floridas e gatos ao sol. Os filhos que desejou não vieram e os dos outros foram-se, mas ainda lhes ouvia as gargalhadas. Relembra as vidas e histórias dos vizinhos que depois partiram.

Eles partiram e ela ficou, presa na vida que tem. Afinal este é o único lugar que verdadeiramente lhe pertence. É a última habitante e espera a única coisa a esperar.

A aldeia também espera, sabe que desaparecerá assim que Valéria deixar de ser Valéria e abrir, por fim, a caixa de bolos bonita.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Hoje não

 
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É cedo, tão cedo, demasiado cedo.

O despertador – psicopata raivoso que não se compadece nem com o facto dos pássaros não cantarem ainda - berra-lhe aos ouvidos a estridente e desafinada sinfonia matinal.

Hoje vou faltar a tudo, decide ele. Vou dizer que não estou ou que estou doente com malária. Melhor, direi que fui vítima de um grande desastre e que morri brutalmente. Se a morte não fosse tão estúpida até que morria hoje mesmo. Tenho em mim toda a saudade e o cansaço do mundo.

Levanta-se e vai. Mas o seu coração permanece de janelas fechadas e sem luz interior.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O médico e o mecânico

 
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Para além da designação da profissão começar na mesma sílaba e acabar na mesma letra, estes dois profissionais têm muito mais em comum:

1º Ambos nos abrem o capot;
2º Ambos olham lá para dentro e muitas vezes desconhecem o que está em mau estado;
3º Ambos têm uma agenda ocupadíssima e são pouco pontuais;
4º Ambos nos cobram um dinheirão, quase sempre por coisa nenhuma;
5º Ambos têm o condão de nos deixarem descontentes e frustrados.

N.A. Que me perdoem os bons profissionais.


Foto: daqui

Gabriella

 
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Um milagre único e impossível de repetir.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sadness

 
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Imagem daqui

domingo, 6 de setembro de 2009

Obrigadinha ò D. Susete

 
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Numa caixa do Modelo.

- Pode descontar o valor acumulado?, pergunto eu.
- Não pode ser, o seu cartão não rebate, responde a operadora.
- Não rebate? E não rebate porquê?
- Não sei.
- Não sabe?
- Alguma vez o perdeu e pediu substituição? Pode estar a usar o velho sem ter dado conta, adianta ela.
- Nunca perdi nada além das estribeiras mas normalmente encontro-as logo, remato eu.
- Bom, terá então de se dirigir ao balcão de informação, mas não se preocupe porque vai poder continuar a acumular.

Por estar cheia de pressa não fui ao balcão de informação. Depois das férias voltei à minha vidinha de moça fazedora de compras caseiras. Ao pagar, reparei que em vez dos 26 € que tinha anteriormente já só tinha 3 e tal.
Voltei à carga:
- Então se o meu cartão não rebate, como é possível que o dinheiro acumulado desapareça?
- Pois não sei e olhe que acabou de acumular mais 5€.

Achei que já bastava e lá fui eu ao balcão de informação. Expliquei ao que vinha e depois de várias investigações apurou-se que o cartão que eu tinha não era o meu. Houve, seguramente, uma troca de cartões numa das caixas (para quem não sabe, estes cartões não têm nome, apenas um número). Até aqui nada de novo, salvo o caricato da situação. A senhora que ficou com o meu, apercebendo-se da troca, cancelou o dela (daí a razão de eu não poder rebater) mas foi aproveitando o saldinho que eu ia acumulando. Seguiu-se um telefonema para a senhora e a promessa da devolução do cartão.
Hoje, recebi-o, mas sem saldo.

Moral da história (do ponto de vista da senhora, claro está): realmente estes cartões do Modelo são excelentes e dão mesmo lucro.

Espero que, ao menos, tenha comprado uma frigideira gira e que lhe mande gravar uma dedicatória com o meu nome.

sábado, 5 de setembro de 2009

Para si também querida vizinha

 
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Diz-me ela à entrada da porta do meu prédio vendo-me carregada com uma caixa de bolos.

- Então vizinha, há festa?
- Sim, faço anos.
- Ai sim. Então quantos?
- 35
- Ah, pensei que era muito mais velha. Não sei se por ter esse cabelo escuro que lhe envelhece a tez, se por ter filhos já tão grandes ou se por ser assim fortezinha.
- Então muitos parabéns e que passe um bom dia.

Mal entrei em casa deitei o bolo para o lixo e recusei-me a passar por mais aniversários até chegar à idade exacta em que não recebesse três elogios destes de uma vez só.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Reconstrução de Luanda

Disse-me uma menina de angola
(que por acaso é brasileira) que Luanda ficará, dentro de algum tempo, assim como está no video abaixo.

Não sei se o projecto se tornará realidade ou se não passará de simples utopia. Mas que gostava de o ver concretizado, isso gostava!


2 segredos + 1

 

1º Até agora disse-vos o sono e a energia, os segredos e as mentiras. Disse-vos quase nada sobre mim.

2º Qualquer mulher gosta de variar e eu começo a estar farta destes flamenco red shoes. Além de destoarem em várias toiletes, têm, de tanta dança, a sola gasta e apertam-me os joanetes.

E agora o + 1 - Depois de uma actualização do windows live o meu messenger deixou de funcionar. Dei voltas e voltas, consultei sites e sites, fiz e refiz o que indicavam e nada parece resultar. Aceitam-se dicas para resolver a coisa.
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Para um anónimo que se levanta às 5 da manhã

 
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Amo-te o sorriso fácil
as palavras indecisas
o gesto comedido

Amo-te a voz
a urgência do toque
o beijo

Amo-te agora
no momento exacto
do longe e do sempre

N.A. Por tamanho espanto e satisfação falharam-me as palavras e eu sem palavras não sou nada. Recorri, por isso, a um baú que tenho e que tem lá guardadas algumas subtilezas destas.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Disse-te mas fingiste que não ouviste.
Volto a repetir, desta vez mais alto: ESTÁ UM LIVRO FECHADO DENTRO DE MIM que apenas espera que escrevas o prólogo.

Vá lá!

No name

 
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Nascera sem nome e sem nome ficara por muito tempo.

A mãe, assim que a vira, deixou cair por terra o nome há muito escolhido por não lhe parecer adequado a tamanha perfeição. Entre noites e dias, e dias e noites, remoeu o assunto mas nenhum verdadeiramente apropriado encontrou.

O marido, já cansado de chamar a miúda por menina, atirava:
- Ó mulher e se fosse Rosa ou Florbela?
- Não, dizia ela, quero um nome de mulher. Temos uma filha e não um jardim, acrescentava.

Consultaram vizinhos, familiares e amigos próximos e nenhuma das hipóteses surgidas conseguiu satisfazê-la. Na sua busca, ouviu falar de um homem que havia corrido mundo. Pensou que, por certo, ele conheceria o adequado nome. Pôs pés à obra e procurou-o.

- Maria do Mar, disse ele. Do que vi do mundo, o mais bonito foi o mar.
Mas o mar não conheço eu, pensou ela. E foi embora desiludida.

Um dia, sem quê nem porquê, percebeu que no lado mais belo dos seus olhos se reflectia a imagem da filha.

Desde então, chama-lhe LUZ.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Nada

 
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Habituaste-te a ela e tornou-se um vício. Não lhe conheces o fogo nem a alma.
Triste daquele que não reconhece a luz de quem ama!