segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ibéria, ¿por qué no?
















Como eu gostava que o conde-duque de Olivares não tivesse existido. Como eu gostava que a Catalunha não se tivesse revoltado. Como eu gostava que Portugal não tivesse aproveitado a revolta catalã, iniciando a sublevação de 1640. Como eu gostava de ser ainda espanhola.

Cumpro todos os estereótipos atribuídos ao povo hermano. Gosto da música, dos churros com chocolate, da siesta, do flamenco e das sevillanas, das fiestas, da movida e do botellón, do kalimocho e dos granizados, do fútbol, do Corte Inglés, do rei, da rainha, dos príncipes e princesas e respectiva prole, etc., etc., etc. Sou alegre, bem disposta, falo que me desunho - algumas vezes até uns quantos decibéis acima da média -, não percebo quase pevas de inglês, nem quero saber de mais nenhuma língua que não seja o espanholito.

Só não gosto das corridas de toros e chego a horas a todo o lado, mas também não há espanhóis, nem nenhum povo, sem defeitos.

Por isso, se cumpro todos os requisitos, por que raio não nasci espanhola? E, na falta desse pressuposto, por que raio Portugal e Espanha não são apenas um país? Pelo menos, Saramago, está comigo! ¿Quién más se apunta?

4 comentários:

  1. Aqui está um post daqueles "faz favor".
    A conversa está um bocado em desacordo com o título que pressupõe uma "união" Portugal-Espanha ou a integração daquele nesta e que tem os seu adeptos. O que ressalta do texto é sim uma "dor" pelos sapatinhos não serem espanhois mesmo. Sâo duas coisas diferentes. Contra esta última não tenho nada a dizer, cada qual é como é, e gosta do que gosta. Nunca tive, não tenho nem certamente virei a ter nada contra nuestros hermanos, para além de terem uma frota de pesca de alto lá com o charuto e andarem sempre a ver se me arrastam.
    Já quanto à Ibéria, ela sempre esteve mais para se desintegrar do que para se integrar. E assim continuará. Tenho pena (leia-se "escama") de ser Carapau nestas águas territoriais. Mas daí a... Enfim dou-me bem com a Merlusa de Vigo e quanto ao resto a culpa é nossa, de todos estes peixinhos...

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  2. Cruzes credo. Tirando a siesta continuo como o ditado, de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos, enquanto prova em contrário! LOL

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  3. Pois, pois. Ao menos eu sou realista! Já viram que a Espanha nos invadiu novamente, só que agora com menos barulho, maior requinte e quase malvadez? Já repararam na quantidade de firmas espanholas que existem em Portugal? Grande parte dos produtos que compramos nos supermercados, donde vêm? Vivemos num Portugal que de independente nada tem, portanto, vamos lá assumir as coisas e deixarmo-nos de patriotismos inócuos porque do mal o menos. Não obstante, gosto muito do país e da maneira de ser dos espanhóis. Lutássemos nós assim pelos nossos ideais e poderiamos ir longe.

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  4. Bom, apesar de todos os nossos defeitos, da invasão dos Espanhóis, digo,marcas e afins, neste país, somos um Nobre Povo Lusitano, com cultura nos lugares mais longínquos da terra.
    Adoro Flamenco, tive aulas desta dança linda e sensual, gosot dos Espanhois, da alegria, da vivacidade,da evolução que tiveram nos últimos anos.
    Disse muitas vezes que não me importava de pertencer a Espanha, mas sinceramente,foram palavras saídas da boca, porque não queria nada.
    Quero ser Portuguesa, com defeitos, com qualidades com humildade.
    Espanha sim, para visitar.
    Beijinho

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Lembre-se que a vida são dois dias, o carnaval são três e tristezas não pagam dívidas.